Campeão da Copa América, em 2019, e do Superclássico das Américas, em 2018, goleiro levou apenas 19 gols em 49 partidas, sendo somente 11 em 40 confrontos desde a chegada de Tite. Aproveitamento de 77,5% pelo time canarinho sobe para 81,6% com o atual treinador

Invicta e na liderança das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, a Seleção Brasileira pode dar outro passo importantíssimo para carimbar de vez o seu passaporte rumo ao Catar, na partida desta quinta-feira (11), contra a Colômbia. O duelo, marcado para às 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena, terá ainda um significado mais especial para o goleiro Alisson. Isso porque o atleta, um dos principais jogadores do país nos últimos anos, atingirá a expressiva marca de 50 jogos com a amarelinha.

”Cada convocação e cada jogo defendendo a camisa do Brasil e o meu país é muito especial. Poder atingir essa expressiva marca de 50 partidas, então, é ainda mais extraordinário. Agradeço a Deus por todos os momentos maravilhosos que vivi na minha carreira e, principalmente, por poder estar inserido nesse ambiente da Seleção e poder representar o Brasil em tantas oportunidades”, afirmou.

”Já tive o prazer de comemorar títulos representando o meu país e isso não tem preço. Ainda falta a Copa do Mundo e farei de tudo para realizar esse sonho. Espero que a gente possa garantir a presença no Catar o quanto antes e seguirei dando o meu máximo no Liverpool para continuar sendo chamado para a Seleção e, no ano que vem, se Deus quiser, junto com os meus companheiros, ir em busca do tão sonhado hexacampeonato mundial”, completou.

Histórico pela Seleção
Alisson foi convocado pela primeira vez para defender a Seleção Brasileira em agosto de 2015, pelo então técnico Dunga, para os amistosos contra Costa Rica e Estados Unidos. Na época, o arqueiro ainda jogava pelo Internacional, clube que o revelou para o futebol. Naquele mesmo ano, o goleiro disputou o seu primeiro jogo pelo time canarinho, na vitória de 3 a 1 sobre a Venezuela, no Castelão, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

A partir daí, Alisson se transformou em um dos pilares da equipe na campanha de classificação para o Mundial da Rússia e nas conquistas do Superclássico das Américas de 2018 e da Copa América de 2019. Na competição continental, inclusive, tomou apenas um gol em seis partidas e foi eleito o melhor arqueiro do torneio.

Números de destaque
Ao analisar os números de Alisson pela Seleção, aliás, fica evidente a importância do atleta para o sistema defensivo da equipe, principalmente desde a chegada de Tite, no segundo semestre de 2016. Alisson participou de 40 partidas sob o comando do atual treinador.

Com ele em campo, foram 30 vitórias, oito empates e apenas duas derrotas, um excelente aproveitamento de 81,6%. Além disso, o Brasil passou 31 desses duelos sem ser vazado e o goleiro levou apenas 11 gols (média de 0,27 por jogo).

Ao todo, Alisson já disputou 49 partidas pelo Brasil (nove sob o comando de Dunga), passou 33 sem tomar gol, foi vazado 19 vezes (média de 0,38) e conquistou dois títulos (Superclássico das Américas de 2018 e a Copa América de 2019).

Protagonista também no Liverpool
No Liverpool desde julho de 2018, Alisson já realizou 144 partidas pelo clube e conquistou três títulos: Champions League 2018/19, Mundial de Clubes de 2019 e a Premier League 2019/20.

Além disso, o goleiro ganhou inúmeros prêmios individuais graças ao seu grande desempenho em campo. Na temporada 2018/19, ele entrou para a história ao ser o primeiro brasileiro a conquistar o troféu Golden Glove, depois de permanecer 21 jogos sem buscar a bola no fundo do próprio gol na Premier League. De quebra, ainda superou o recorde de Pepe Reina, de 20 partidas, obtido em 2005/06, tornando-se o recordista no quesito pelos Reds em uma mesma edição da competição. Entre 2019 e 2020, Alisson ainda foi eleito o melhor goleiro do mundo pelo Globe Soccer Awards, Uefa e Fifa.

Alisson também já conquistou o prêmio Samba de Ouro, em 2019, dado ao melhor jogador brasileiro atuando na Europa, também levou o troféu de melhor atleta da posição na vitoriosa campanha do Brasil na Copa América, em 2019, e ainda foi o grande vencedor da primeira edição do Troféu Yachine, a Bola de Ouro dos goleiros, elaborado pela tradicional revista France Football.

Em 2020, o camisa 1 também acabou sendo o brasileiro mais bem ranqueado em votação da revista inglesa World Soccer, ao ficar na sétima posição, e entrou para a seleção ideal da Fifa montado pela FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol).

Números de Alisson pela Seleção Brasileira

Geral
49 jogos
34 vitórias
12 empates
3 derrotas
19 gols sofridos
33 jogos sem tomar gol
Média de 0,38 gol sofrido por duelo

Dados com Tite
40 jogos
30 vitórias
8 empates
2 derrotas
11 gols sofridos
31 jogos sem tomar gol
Média de 0,27 gol sofrido por duelo

Dados com Dunga
9 jogos
4 vitórias
4 empates
1 derrota
8 gols sofridos
3 jogos sem tomar gol
Média de 0,88 gol sofrido por duelo